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Educadores de Belo Horizonte encerram o semestre refletindo sobre os temores,
as tribulações interiores e as surpresas de Deus!

publicado em 19.8.15
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Paula se nos apresenta como referência de humanidade, em sua capacidade de voltar-se em atitude de abertura e disponibilidade para realizar em si a vontade de Deus. Neste mês de julho, realizamos a nossa formação permanente a partir de dois capítulos do Paula emMosaico: “Paula Frassinetti e as surpresas de Deus” e “Temores e tribulações interiores de Paula Frassinetti”. No dia 7 de julho, reunimo-nos com os educadores (professores, equipe técnica, diretoria e irmãs)e pautamos os nossos trabalhos na capacidade de Paula em fazer dos seus temores, tribulações  e surpresas de Deus uma oportunidade para desenvolver em si a resiliência, como exercício de busca da excelência e superação de toda dificuldade.


Percorrendo a história de Paula, podemos encontrá-la surpreendida pela perda da mãe (em 1819), pelo desânimo de seu irmão quando da fundação do Instituto (1834), pela dissolução da comunidade de Quinto (1835), pelas péssimas condições de habitação em sua chegada a Roma (1841), pelo prejuízo na venda da casa da Rua Panisperna (1846), pelas lutas entre Garibaldinos e franceses junto à Comunidade de Santo Onofre (1849) e pela chegada de sua doença com as primeiras manifestações físicas durante a visita a Bolonha (1876). Vimos assim, que a vida e a santidade de Paula em nada diferem de nossa trajetória de vida e desafios. Assim como ela, também vivemos os nossos temores internos e passamos por tribulações nas estradas da vida. Aprendemos com ela (e ela com Jesus Cristo...) que nas coisas pequenas ou nas grandes, precisamos nos abrir para as surpresas de Deus: “Que Ele faça o que for bom para nós, que com o auxílio de sua graça, adoraremos, com a fronte por terra, as suas divinas proposições”. (Carta 58,6).

A partir do conteúdo dos capítulos em questão, refletimos sobre o conceito de resiliência, propriedade que permite aos indivíduos superarem adversidades e tornarem-se ainda mais fortes após a vivência delas. Analisamos os elementos indispensáveis para o desenvolvimento da resiliência e percebemos, pelo estudo, ter sido Paula um modelo de pessoa resiliente. A motivação também foi tema de nosso estudo, como uma das ferramentas fundamentais para o desenvolvimento da resiliência. Percebemos que ela consiste em um processo interno de cada indivíduo, embora possa ser favorecido por elementos extrínsecos, e que precisa ser considerada como uma condição sinequa nonpara o desenvolvimento da aprendizagem.


Para o encerramento desta noite de estudos e reflexões, fomos agraciados com a apresentação do Grupo “Tambores de Família”. Trata-se de um grupo de pessoas da família de nossa funcionária Rosária Propheta que se reúne periodicamente para tocar tambor, cantar os seus lamentos, conquistas e superações. Eles iniciaram esta prática no ano 2000, quando a nossa funcionária teve o seu filho (hoje com 15 anos) assassinado na escola em que estudava, no mesmo ano perdeu um de seus irmãos e também o pai. Mergulhados em profunda dor e tristeza por estas tribulações, a família se agrupou junto à matriarca e começaram a buscar a superação e a praticar a resiliência produzindo artesanato. Do artesanato surgiu a ideia da música, do tambor e da poesia musicada, bem ao jeito africano de sentir e se expressar. Como divulgadores dos valores da família, o grupo faz periodicamente apresentações para testemunhar que a dor, a morte e a tribulações não são o nosso lugar e estado definitivos. Quando nos unimos aos que amamos, a dor e o fardo se tornam mais leves e, com isso, retomamos a alegria de viver.

No sábado (dia 11) e na segunda-feira (dia 13), reunimo-nos com os funcionários administrativos e de base. Foi mais um momento de riqueza e aprendizado com Paula Frassinetti. No sábado, tivemos a participação especial de nosso funcionário de base, Carlos, que nos conduziu a um momento de oração inicial cantando e louvando a Deus pelos sonhos de Paula e o sonho que Deus reservou para cada um de nós! Tivemos ao longo da manhã a oportunidade de ouvir de nossos funcionários as ressonâncias do que a Escola de Leigos tem representado em sua vida. Para muitos deles, a Escola de Leigos nos faz acreditar mais em nós mesmos, em nosso potencial e na nossa capacidade de sonhar junto com Paula. Tendo como referência a capacidade de Paula para superar as suas limitações e colocar-se a serviço de Deus, cada funcionário se sente compelido no desejo de ser mais, buscando na resiliência o exercício do aprimoramento e crescimento pessoal e comunitário. Paula foi a mulher forte, a mulher firme, a mulher de equilíbrio que todos conhecemos e admiramos cada vez mais! Que o seu fervor nos contagie cada vez mais e nos faça mais disponíveis para a Vontade de Deus!


 
 
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