Os corações da comunidade educativa do CNSD bateram acelerados durante todo o período que antecedeu o I REVI. O convite carinhosamente elaborado, as experiências de orações já realizadas pelo grupo do FRASSI em nossa escola, a expectativa de uma manhã de revigoramento espiritual em sintonia com toda a Província foram motivações importantes para o Encontro do dia 11 de abril. Certamente um dia para ser rememorado .
“Reze muito, caminhe sempre na presença de Deus e em Deus ponha a sua confiança” (318,2)
Com este pedido de Santa Paula, fomos convidados a nos abandonar na amorosa mão do Senhor que nos conduziu durante todo um sábado de oração, partilha e amizade, como podemos perceber nos depoimentos que se seguem:
Ainda no sábado à noite, fiquei movida a escrever um pouco sobre o nosso REVI. Contive-me para poder saborear mais os seus frutos e ouvir as ressonâncias do grupo que participou. Hoje, já posso relatar um pouco embora não existam palavras que possam expressar o que vivemos e sentimos ao londo do dia.
O grupo estava muito preparado para viver o retiro. Um sábado de sol, um friozinho gostoso, a beleza de nossos jardins, o silêncio interrompido de quando em vez pelo trinar dos pássaros, a música cuidadosamente escolhida para nos avisar do tempo encerrado de cada atividade... Enfim, tudo concorreu para que pudéssemos descer àquela profunda mina onde se encontra a preciosa pérola da santa humildade.
Em um dado momento de oração/reflexão, lembrei-me de uma das carinhosas mensagens de Paula em suas cartas: Oh, pudesse eu dar um pulinho aí para mostrar a todos a minha satisfação e dar-lhes um afetuoso abraço! Nem sequer sentiria o frio! Tenho certeza de que cada um que aqui esteve, mereceria esse abraço. A entrega, a acolhida foi total. As partilhas, em muitos momentos, emocionaram às lágrimas, muitos dos participantes. Enfim, Deus seja louvado por todos esses momentos vividos no I REVI. Saímos com o "gostinho de quero mais" e com a recomendação de Paula: Reze muito, caminhe sempre na presença de Deus, e em Deus ponha toda a sua confiança.
As orientações do Padre Adroaldo, a profundidade de Evelyne, a organização de André, a presença de Ir Celma durante todo o dia, deram ao grupo a certeza de que o dia era verdadeiramente um presente. Resta-me parabenizar à equipe pela ideia iluminada de reservar um dia único para todas as escolas realizarem o REVI. Rezamos para que as bênçãos de Deus fossem derramadas simultaneamente sobre todos os grupos.
Jean Beatriz Wermelinger
Diretora e formadora da Escola de Leigos
Nosso maior objetivo para este encontro de Revigoramento espiritual foi beber das fontes de nossa Congregação no que diz respeito à sua recomendação, estimulo e encorajamento em rezar segundo o método de oração de Santo Inácio de Loyola.
E assim fizemos: reunidos em uma das salas de nossa escola, todos ouviam atenta e sedentamente os passos para oração e as colocações prévias de cada guia de oração, após a orientação cada um, procurou seu cantinho de oração e lá, ao longo de toda manhã e parte da tarde, saboreou três momentos fortes de oração, que remontaram o caminho da cruz, ressurreição e seguimento do Senhor.
Cuidadosamente escolhidas pela equipe de formadores locais, as guias de oração, elaboradas pelo Pe. Adroaldo Palaoro, SJ, estavam em perfeita sintonia com o tempo litúrgico e a grande proposta deste encontro: mergulharmos na presença do Senhor Ressurreto e nos reencontrar com a força motivadora de Paula e sua obra: o Amor de Deus.
Se somos cristãos e acreditamos em um Ser superior que nos acolhe, nos orienta, nos abraça, nos conforta, cuida de nós, também sentimos, e muito (repito, sem medo de ser redundante), de um encontro mais efetivo com esse Ser. Era disso que eu precisava. Eu sabia. Mas... buscar isso, por mim mesma, estava difícil, deixava para depois, sempre. Continuava elevando meu pensamento a Deus, da maneira que, comumente, faço, e a vontade de achegar-me com mais entrega a Ele, ficava para frente, para uma oportunidade que surgisse, quem sabe?! E essa hora chegou através do convite para o REVI. Eu não pensei duas vezes. Sabia que era o momento de eu estar em oração, essa que eleva e acalma. Acalma?! ou inquieta, não sei!
Roneida Aparecida
Profa. Ens Fundamental
Ao final de cada momento de oração, nos reuníamos novamente e partilhávamos experiências, angústias, avanços e descobertas. Uma reconfortante mesa de cafezinho esteve disposta livremente durante toda a manhã para que não precisássemos fazer pausa ou intervalo, tudo para que o incômodo, porém generoso silêncio proposto pela equipe não fosse quebrado ou burlado. Até os retornos dos momentos de oração pessoal eram anunciados sempre por uma música que levemente nos reconduzia à sala do grupo, não precisa nem dizer que houve também uma preciosa seleção deste repertório que sempre parecia concluir as orações em verso e melodia.
O grupo foi extremamente cuidadoso nesse sentido e tudo nos favoreceu neste dia: o silêncio, o clima, o gostoso solzinho de outono que teimava nos aquecer durante a introspecção de nossos cantinhos sagrados de oração e descobertas. Por volta das 12h30min nos colocamos em torno da sagrada mesa da refeição e dividimos com alegria e amizade um delicioso cardápio carinhosamente preparado pelo “pessoal” da cantina.
À tarde, ao retornarmos, refizemos os passos de Emaús: de dois em dois, caminhamos pelos jardins do colégio partilhando um pouco de tudo que tínhamos vivido até aquele momento. No trajeto, Jesus nos interpelou a uma ação missionária e de profundo amor ao próximo: alguns companheiros se fizeram passar por muitos dos menores e esquecidos de nossa sociedade que encontramos à beira das estradas da vida esperando por nós. Sem que o grupo tivesse sido avisado, as reações foram diversas e surpreendentes.
Finalmente terminamos nossa jornada deste maravilhoso sábado em uma Celebração da Palavra na capela do Colégio. Em torno da mesa da Palavra, refletimos o nosso compromisso como cristãos que tem sua fé alicerçada no Cristo Ressuscitado e por isso, cada vez mais nos esforçarmos para sermos discípulos e missionários do Amor de Deus, como Paula foi, é e sempre será.
Foi um sábado abençoado, impossível não sentir a presença de Deus em cada detalhe. Para mim, foi uma oportunidade única, já que vivemos na correria do dia-a-dia e tentamos a todo o momento justificar a nossa distância em Deus. Estava de coração aberto e feliz por estar ali, (penso que o caminho seja esse) partilhando toda palavra, toda emoção, a presença de amigos e principalmente a presença de Deus. Aproveitei cada momento, para refletir, para entender os propósitos de Deus em minha vida.
Marcela Thurler
Profa. Ed Infantil
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