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Abrindo as portas da casa para a Misericórdia

publicado em 2.3.16
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Nos dias 27 e 29 de fevereiro, reunimo-nos com os funcionários administrativos e de base do Colégio Santa Dorotéia, de Belo Horizonte, para a formação permanente de leigos. Nestes dois dias, em sintonia com a Proposta de Francisco para o Ano Santo da Misericórdia, tivemos a oportunidade de fazer uma reflexão sobre a necessidade de abrirmos as portas do nosso coração e da nossa vida a fim de que a Misericórdia seja materializada em cada um de nós, em nossas escolhas e atitudes.

Organizamos o encontro de formação em momentos específicos. No primeiro momento, buscamos um entendimento teológico e espiritual do que é o Ano Jubilar ou Ano Santo. Descobrimos em Francisco uma sintonia com os cinquenta anos de término do Vaticano II e os desafios de uma Igreja que se propôs uma caminhada de abertura, ainda não plenamente alcançada. Uma Igreja carente de Misericórdia e, ao mesmo tempo, incumbida de anunciar a Misericórdia a todos, sem nenhuma reserva. Ao contemplar o símbolo do Ano da Misericórdia, despontou-se sobre os nossos olhos a riqueza da imagem trazendo um Jesus Ressuscitado e que carrega em seus ombros a humanidade (a Igreja) sedenta de Misericórdia. Ao ser acolhido nos ombros de Jesus, o homem se reveste de um olhar de Misericórdia e as suas escolhas se confundem com as escolhas de Deus.

No segundo momento, trouxemos a proposta de Francisco para o contexto da Espiritualidade Doroteana. O nosso desafio é trazer a prática da Misericórdia para a vida ordinária em nosso jeito de VER, RELACIONAR-SE e AGIR.  Tendo em Jesus Cristo a referência humana e divina de misericórdia precisamos aprender de seus gestos e relações: ele enxerga Zaqueu (VER), interage com a mulher samaritana (RELACIONAR-SE) e faz de Pedro um pescador de homens (AGIR).

No terceiro e último momento, contemplamos pelas duas hastes da cruz as obras corporais e espirituais de misericórdia. As obras corporais nos inserem na vida em família e em comunidade: dar de comer, beber, vestir, visitar os doentes, os presidiários, enterrar os mortos. As obras espirituais nos habilitam para as relações e são muito válidas no ambiente de trabalho: o bom conselho, a ajuda aos que não sabem, a tolerância, a paciência, a solidariedade e de todas aquelas atitudes imprescindíveis em toda relação como nos propõe o Documento “Educar para nós”.

Neste tempo de quaresma, podemos rezar com Santa Paula: “Rezemos e peçamos ao Deus das Misericórdias que nos converta a todos.” (Paula Frassinetti, Carta 532,4)

 

 

 
 
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