Escola em saída: Aprender o estilo Pascal do Senhor Jesus Cristo
Maria Madalena corre, Pedro também, João se adianta... o movimento de uma escola em saída!
“Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro...”
“Faz escuro, mas eu canto” (Thiago de Mello)
COLÉGIO SANTA DOROTÉIA DE BELO HORIZONTE — No dia 7 de abril, em sintonia com as demais escolas do Setor Sul da Província Brasileira, reunimo-nos no Recanto Santa Paula para mais uma experiência de REVIgoramento Espiritual à Beira do Poço. Dispostos e disponíveis para aprender o estilo pascal do Senhor Jesus Cristo, movimentamo-nos até o poço do Carisma de Paula para dele aprender o movimento de uma escola em saída...
Ainda na alegria das celebrações da oitava da Páscoa, adentramos a cena do sepulcro vazio junto com Maria Madalena, Pedro e o discípulo Amado. E a noite da agonia tornou-se dia de primavera e de vida que vence a morte.
O REVI foi organizado em três momentos significativos de aprofundamento e vivência da Mística da Espiritualidade Doroteana no cultivo da Espiritualidade de Paula:
No primeiro momento, após termos nos colocado em movimento de saída, deixando nossas casas e indo até o Recanto Santa Paula, fomos provocados a rezar e trazer para a nossa realidade a experiência do ressuscitado. Em sintonia com a natureza, refletimos sobre a capacidade da pedra (minerais), da planta (vegetais), dos animais irracionais e do humano (animais) de serem expressões da Ressurreição de Jesus. Vimos que há um crescendo. A pedra se encontra completamente disponível para receber e sofrer a ação do tempo. A planta sente-se viva, cresce, transforma o seu entorno, mas permanece presa às suas raízes. Os bichos caminham, conquistam novos territórios, interagem com o mundo. O humano anuncia a Ressurreição com a PALAVRA. Da sua boca, sai a boa notícia do triunfo da vida sobre a morte. Do sentimento humano, podemos inundar o mundo com a certeza da ressurreição e da vida nova.
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No segundo momento, vivenciamos a mística da escola em saída. Descobrimos que no autoconhecimento, na aceitação de si, na capacidade de sermos prospectivos e de fazermos síntese diante da existência, vamos nos colocando a caminho, investindo em nosso crescimento como pessoa, cristão e evangelizador ao jeito de Paula.
Na passagem do segundo para o terceiro momento do REVI, partilhamos um lanche saboroso, preparado com muito zelo por cada participante deste encontro especial. Na partilha do pão, acolhemos a vida, a história e a presença de cada pessoa ali reunida, sedenta e disponível para fazer a vontade de Deus.
O terceiro momento do REVI foi marcado por uma Celebração da Água do Ressuscitado. Visitamos uma bela e sonora cachoeira da cidade de Rio Acima e, diante deste espetáculo de Deus na natureza, rezamos e refletimos sobre a Teologia Bíblica da água. Numa acepção paradoxal, vimos que água na história da salvação assume a simbologia da condenação, da maldição, mas também da presença e da abundância da graça de Deus. Diante de Jesus Ressuscitado, ao som da queda da água, rezamos a harmonia dos contrários que deve se realizar em nós como síntese de tudo o que somos, temos, queremos e vivemos.
Ao término do REVI, voltamos para as nossas casas como os discípulos que vivenciaram a experiência da transfiguração no Monte Tabor, como as jovens de Quinto nos encontros com Paula no Monte Moro aos domingos, após a missa. Tínhamos um só sentimento: colocar-nos em marcha para sermos em missão uma escola em saída!
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