No sábado, dia 24 de fevereiro de 2018, reunimo-nos para a vivência da segunda etapa de nossa formação permanente com os educadores novatos de nossa escola. Dedicamos neste dia um cuidado especial com a espiritualidade das Irmãs Doroteias.
Iniciamos o encontro fazendo um momento de ressonância sobre a primeira etapa da formação, quando à Luz do Farol, conhecemos dados da biografia de Paula e o seu ideário de Educação Evangelizadora. Foi um momento de boa colheita, quando percebemos na fala dos educadores que chegam este ano para a nossa família um encantamento com Paula e sua obra evangelizadora. Ouvimos observações como “trabalhar na simplicidade”, “vontade de Deus”, “via do coração e do amor”, “paixão por Jesus Cristo”, “empoderamento feminino”, “suavidade e firmeza” como os elementos mais fortes da primeira etapa de formação desta escola de leigos.
Para nos iluminar na segunda etapa de formação, rezamos e refletimos com o grupo a narrativa bíblica do encontro de Jesus com Zaqueu e do encontro de Zaqueu com Jesus. Refletimos sobre estes dois prismas. Quem era Zaqueu? Quem era Jesus? Colocamo-nos diante de um Zaqueu curioso, “ressabiado”, conspirador e, talvez, um Zaqueu vazio, pobre, sedento... E Jesus? Aquele que, na linguagem de Francisco “primeireia” e decide enxergar Zaqueu no alto da figueira e hospedar-se em sua casa, transformando a sua vida. Partilhamos com o grupo o caráter espiritual da segunda etapa de formação. Servimo-nos do frássino para nos achegarmos até Jesus. Cada participante buscou na área externa de nosso colégio um símbolo extraído da natureza que expressasse o sentimento que surge em cada pessoa quando do encontro com a pessoa de Jesus. Da junção de todos os símbolos, formamos um lindo frássino e o desejo do que precisamos e queremos ser: recurso para que as crianças e jovens sejam percebidas e percebam Jesus através de nossa missão.
Apresentamos ainda neste dia de formação as propriedades mitológicas, mágicas e botânicas das várias espécies de frássino existentes na Europa. Vimos o quanto Paula é parecida com o seu sobrenome: vigor, firmeza, flexibilidade, resistência, apreço pela vida e muitas outras características que pudemos extrair das propriedades do frássino. Encerramos este momento contemplando o frássino que nos foi carinhosamente presenteado pelo Colégio Anjo da Guarda de Bebedouro no ano de 2012. Na volta do frássino, passamos pelo “Poço” existente em nossa escola e cada educador ali presente foi provocado em sua sede a olhar dentro do poço espelhado e desejar o aprofundamento nesta formação.
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Para trabalharmos o Documento de Espiritualidade, situamos a Espiritualidade Doroteana na opção teológica das Irmãs Doroteias no Brasil e organizamos os participantes em grupos de trabalho a fim de entendermos um pouco esta espiritualidade que se nos apresenta segundo uma vida no Espírito, que se manifesta no cotidiano em um jeito de ser, relacionar-se e agir.
Para o fechamento desta etapa de formação, partilhamos com o grupo o texto das Memórias sobre o dia 12 de agosto de 1834, quando Paula e as seis companheiras, na simplicidade da casita, partilharam a focaccia e fizeram daquele gesto o símbolo de um trabalho na simplicidade que se espalharia no espaço e no tempo, chegando até nós e envolvendo as nossas vidas! Abençoados por Irmã Albuquerque, encerramos esta formação e fomos comendo o pão pelo caminho...
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