No dia 26 de novembro, a Comunidade Educativa do Colégio Santa Dorotéia de Belo Horizonte dedicou-se a uma interlocução da BNCC com os elementos do Carisma de Paula. Para esse dia de formação, retomamos o Documento publicado pela Congregação para a Educação Católica no ano de 2017 “Educar para o humanismo solidário para construir uma Civilização do Amor”.
Organizamos a Casa em cinco grupos de trabalho e desenvolvemos a formação nos seguintes passos:
1º Passo: Cada educador recebeu o texto e a primeira reflexão foi desenvolvida situando a BNCC no contexto evangelizador de uma Escola Católica. Nesse momento vimos que as Dez Competências Gerais do Documento do MEC estão também afinadas com um Projeto de Humanismo Solidário, tal como proposto pela Igreja no Documento de 2017, em comemoração aos 50 anos da Populorum Progressio de Paulo VI. Atentamo-nos para três dimensões propostas pela Igreja para a consolidação da chamada Civilização do Amor: a Cultura do Diálogo, a Globalização da Esperança e as Redes de Cooperação.
2º Passo: Para ajudar-nos em uma reflexão contextualizada sobre a Cultura do Diálogo, retomamos o apreço e zelo de nossa Madre Fundadora ao criar com as Irmãs e nas Escolas um ambiente de diálogo evangelizador em que cada pessoa torna-se comprometida em ser “boa notícia” para si e também para os outros. Os educadores refletiram sobre o tempo de polarizações que estamos vivenciando, em que o tecido social funde-se e subdivide-se em amigos e adversários, uns a serem defendidos, outros a serem eliminados. Paula Frassinetti propôs na fórmula de sua profissão religiosa: “Fazer-se toda para todos a fim de ganhar a todos para o Cristo”. Na relação Família-Escola, Professor-Estudante, vez por outra, somos desafiados em situações polarizadas. Diante desse desafio, como podemos criar a Cultura do Diálogo para o Humanismo Solidário e respaldar o propósito evangelizador de Paula Frassinetti?
3º Passo: Na reflexão sobre a Globalização da Esperança, aproveitamos o contexto de Advento proposto pela Igreja e trouxemos como aporte para a nossa formação o risco da Indiferença, do Descrédito, Apatia, Desencanto e Inércia! Esses e muitos outros podem ser sentimentos que nos rondam em nossa prática educativa quando perdemos a esperança. Perguntamos aos Educadores: O que faz você perder a esperança? Qual é o seu movimento no sentido de resgatá-la?
4º Passo: Para criar Redes de Cooperação, tal como proposto pelo Documento da Congregação para a Educação Católica, precisamos proporcionar aos agentes da Educação a adoção de um comportamento propenso à colaboração. É fundamental a colegialidade do corpo docente na preparação dos programas de formação e de cooperação, bem como a colaboração entre os alunos, no que diz respeito às modalidades de aprendizagem e aos ambientes de formação. Mais ainda, como células vivas do humanismo solidário, ligadas por um pacto educacional e por uma ética intergeracional, a solidariedade entre quem ensina e quem aprende deve ser progressivamente inclusiva, plural e democrática.
Dedicamos um tempo especial para a oração e bendição a Deus pela noite de formação e antecipamos com os educadores os nossos Propósitos de Mudança de Vida para o Tempo do Advento. Encerramos a formação rezando a uma só voz: Jesus, estamos Te aguardando, procurando ser cada vez melhores, cada vez mais humanos e santos em nossos dias. Tua chegada nos fortalecerá e será para nós motivo de glória! Que Deus nos abençoe e nos acompanhe! Amém!
