Na noite de 9 de agosto, a Comunidade Educativa do Colégio Santa Dorotéia de Belo Horizonte antecipou as alegrias do dia 12 de agosto para refletir e bendizer a Deus pelos 188 anos de existência da obra evangelizadora de Paula Frassinetti.
Iniciamos a formação com a apresentação da nova configuração da Congregação nas províncias Europa, América Latina e África, bem como nos Governos Geral e Provincial.
Para nos iluminar na solidez dos 188 anos de existência da Congregação, utilizamo-nos do tema e lema do Ano Jubilar Missionário, tal como proposto pela Igreja para este ano de 2022, a saber: “A Igreja em estado permanente de Missão” – “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8).
Para nos conectar à extensão exegética da referência bíblica dos Atos dos Apóstolos, buscamos no teólogo espanhol José Antônio Pagola algumas chaves de leitura. “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8) se refere ao discurso de despedida de Jesus no momento de sua ascensão aos céus, após a ressurreição. A missão do Filho de Deus se encerrava na terra e, com a promessa da vinda do Espírito Santo, ele convoca os seus apóstolos e todos os discípulos que haveriam de vir para serem testemunhas de sua boa notícia.
O teólogo espanhol ressalta que Jesus não pensa em sacerdotes ou bispos. Nem em doutores ou teólogos. Quer deixar na terra “testemunhas”. Serão testemunhas de Jesus os que comunicarem sua experiência num Deus bom e contagiarem com seu estilo de vida, trabalhando por um mundo mais humano. Neste sentido, podemos contemplar a audácia evangelizadora de Paula Frassinetti e de suas companheiras Mariana Danero, Teresa Albino, Madalena Oliva, Mariana Serra, Madalena Pitto e Maria Carbone. Naquele 12 de agosto de 1834, elas assumem ser, na Igreja e no mundo, testemunhas de Jesus Ressuscitado e de seu Evangelho.
Pagola ressalta ainda algumas características imprescindíveis daqueles que aceitam testemunhar o Cristo:
- ser testemunhas da bondade de Deus;
- manter viva a nossa esperança;
- não nos rendermos ante o poder do mal;
- olhar o mundo com a ternura e a compaixão de Deus;
- fazer o bem;
- promover uma convivência cada vez mais saudável;
- manter um estilo de vida mais austero, sem a escravidão do dinheiro.
Em Paula Frassinetti, encontramos eco de cada uma destas características:
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