.Conselhos para o tempo de férias (e mais)...
No fechamento da Formação Permanente de Leigos neste primeiro semestre de 2022, reunimo-nos para uma interlocução do Carisma de Paula Frassinetti, a partir da obra “Paula em Mosaico”, da Ir. Diana Barbosa, com as reflexões da filósofa italiana Ilaria Gaspari sobre a felicidade.
A Formação contou com a apresentação do Coral Infantojuvenil e de Pais, Professores e Funcionários da nossa escola. Com um repertório diversificado no cancioneiro popular brasileiro, regido pela maestrina Cláudia Duarte, o Coral trouxe para os educadores a porta de acesso ao belo, ao simples e a tudo que alimenta o espírito e a alma.
Depois, passamos à interlocução de Paula Frassinetti com a filósofa Ilaria Gaspari. Em sua obra “Lições de Felicidade”, publicada em 2020, a professora de Filosofia propõe uma revisita a algumas escolas da Filosofia Antiga a fim de extrairmos dali algumas pistas e lições para se atingir a plenitude e o contentamento.
Na Formação Permanente de Leigos deste dia 5 de julho, aproximamos o Pitagorismo de Ilaria Gaspari do nosso “Paula em Mosaico”. A Escola de Pitágoras, que existiu nos séculos VI-V a.C., se apresentou como um arranjo composto de muitas regras de conduta para um estilo de vida que mesclava o racionalismo (matemático) com uma percepção místico-religiosa da condição humana e do mundo.
De um conjunto de 15 regras, Ilaria buscou o entendimento de algumas delas nas obras de Ovídio, Diógenes, Jâmblico e Shakespeare. Servindo-nos deste entendimento, trouxemos para esta interpretação a sabedoria e mística de Paula Frassinetti em suas cartas e no arranjo (puzzle) de Ir. Diana Barbosa:
O Pitagorismo e o Carisma
Pitagorismo |
Interpretação |
Paula Frassinetti |
“Não pegue algo que caiu no chão.” |
- Ficar atento e presente no que se está fazendo para que não caia...
- Cuidar da organização das coisas e da vida...
- Se caiu... Acabou... Vida que segue! |
Paula Frassinetti, Mulher do Momento Presente
“Vivo dia a dia sem pensar nem no passado nem no futuro, e por isso só levo um pouco do peso do presente” (Carta 495,3).
“Habituemo-nos a viver dia a dia, e pensemos unicamente em cumprir, cada dia, os nossos deveres, deixando a Deus o cuidado de todo o resto” (Carta 520,3).
“Deixemos o passado e pensemos unicamente em fazer muito bem no presente” (Carta 407,7).
“Não façamos vigília às desgraças...” (Carta 528,3). |
"Não deixe marcas nas cinzas, revolva-as quando retirar a panela do fogo.”
"Não deixe marcas do corpo nos lençóis, alise-os."
“Não despedace o pão.”
"Não morda um pão inteiro.” |
- Quais são os rastros que deixamos por onde passamos?
- O que fica impresso em nós daquilo que somos, fomos e fizemos?
- Pão supõe COMPANHIA (COM + PANNIS). |
Paula Frassinetti, Mulher dos 3 Ps
Pouco: “Faça o pouco que pode, sem se violentar” (Carta 595,4).
Pequeno: “Sede fiéis nas coisas pequenas: nunca é pequeno o que dá gosto ao Senhor” (OEP, p.12,11).
Possível: “Não são tempos de dar passos em frente, mas de procurar aguentar-se como se pode. (...) vá devagar, que jamais se arrependerá” (Carta 129,3).
Paula Frassinetti, Mulher do COR UNUM
“...deveis ser uma só alma (...); que se veja que estais unidos por um vínculo de verdadeira caridade” (OEP, p.12,II,3). |
"Não use ferro para atiçar o fogo.”
"Não permita que as andorinhas compartilhem do seu teto.”
“Não coma coração.” |
- Cuidar do equilíbrio interno.
- Evitar a impulsividade.
- Moderar a língua e o juízo diante da realidade e das pessoas. |
Paula Frassinetti e a Medicina Caseira
“A tranquilidade, pode dizer-se, é o único remédio para o fígado” (Carta 163,2).
“(...) tenha cuidado e esteja tranquila, porque para as doenças do coração a tranquilidade é quase o único remédio eficaz” (Carta 221,1). |
"Não caminhe pelas ruas principais.” |
- Quebre a rotina.
- Saia do previsto.
- Supere a si mesmo.
- Surpreenda-se! |
A itinerância em Paula Frassinetti
“Não julgue, porém, meu caro pai, que tomei gosto pelas viagens, pelo contrário, tornam-se-me cada vez mais pesadas, aborrecidas e enfadonhas; mas, se as circunstâncias assim o exigirem, tenho de fazer da necessidade virtude” (Carta 61,5). |
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