No dia 1º de fevereiro de 2023, a Comunidade Educativa de Belo Horizonte iniciou sua caminhada de formação permanente no Carisma neste ano de 2023. Para tanto, refletimos sobre o Capítulo Geral XXII e trouxemos para nossa jornada pedagógica a mística do Caminho a ser habitado, do Menino a ser abraçado e da Estrela a nos guiar...
Para habitar o caminho, precisamos aprender, todos os dias, o estilo de Jesus “tocar e deixar-se tocar pelos numerosos companheiros de viagem que percorrem a mesma estrada, porque só o que verdadeiramente encontramos tem o poder e a força de nos converter intimamente e profundamente” (Doc. Cap. Geral XXII).
Para abraçar o Menino, precisamos contemplar a mística joanina de que “o Verbo se fez carne e veio habitar no meio de nós” (Jo 1,14), na condição de nossos alunos e também dos mais pobres e vulneráveis, como os “prófugos, os refugiados e as vítimas de tráfico humano” (Doc. Capítulo Geral XXII). Como Irmãs e leigos, somos chamados a estar dentro das situações e a escutar profundamente a realidade para aprendermos e traduzirmos a linguagem do Evangelho. Assim, tornamo-nos mediadores da Boa-Nova para o mundo de hoje.
Para deixarmo-nos guiar pela Estrela, precisamos adentrar a escuridão, pois “é na noite que temos necessidade de um ponto luminoso para nos orientarmos e continuarmos a caminhar” (Doc. Capítulo Geral XXII). As estrelas indicam um horizonte, uma direção e nos compelem no desejo e dever de dar vida até o fim.
No dia 7 de fevereiro, reunimo-nos mais uma vez para a formação permanente no Carisma e entramos em sintonia com a proposta da Igreja do Brasil para este ano de 2023, a saber: o Ano Vocacional. Com o lema “Corações ardentes, pés a caminho”, o Ano Vocacional traz como iluminação a experiência dos discípulos de Emaús, quando caminham com o Ressuscitado e retomam o seu elã vocacional, e vem ao encontro do desejo de Paula Frassinetti de que cada Irmã (e hoje, também, os leigos) seja um facho ardente que, onde quer que chegue, aqueça e ilumine a todos.
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Na formação, refletimos sobre o coração e os pés como elementos imprescindíveis para o discernimento vocacional. O coração ardente precisa ser alimentado com bons propósitos, projetos sólidos de vida, pessoas significativas e bem-querer. O coração é a casa das afeições e estas devem ser bem ordenadas para a garantia de um discernimento maduro, coerente e eficaz. Os pés apontam a resposta missionária do apelo vocacional. O chamado de Deus supõe uma resposta ativa, uma disponibilidade para o serviço e a construção de um mundo com mais dignidade, fraternidade e justiça!
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