No mês em que celebramos Nossa Senhora, rendemos graças a Deus pelo dom da maternidade, único amor comparável à extensão do amor de Deus. Fizemos desse tempo uma oportunidade para trazermos para o cotidiano do fazer educativo a maternidade espiritual de Paula Frassinetti.
Para a formação do mês de maio, abrimos uma interlocução do Carisma e da maternidade de Paula Frassinetti com as reflexões do filósofo britânico Alasdair MacIntyre (1929), conhecido por suas contribuições para a moral e a filosofia política, mas também por suas obras nos campos da História da Filosofia e da Teologia. É um crítico da moral iluminista que atribui à racionalidade a definição e justificação de qualquer decisão ética tomada pelo indivíduo e, por isso, propõe uma “ética das virtudes”, tal como assinalou Aristóteles no século III a.C.
A virtude aponta-nos, no Educar para Nós e no Epistolário de Paula Frassinetti, para atitudes imprescindíveis em toda relação, tal como as vivenciou Paula Frassinetti no exercício de sua maternidade espiritual: “Olhos para ver; ouvidos para escutar; mãos para orientar e tranquilizar; pés para levar a presença que é serviço; coração quente para amar com ternura”.
Virtude, do latim "virtus", significa força viril. A virtude designa um conjunto de características que contribuem para que o indivíduo tenha uma vida pautada no bem, nomeadamente a sabedoria, a coragem, a temperança e a justiça (as chamadas "virtudes cardeais"). Em Paula Frassinetti, temos a bondade e a ternura, a doçura nas palavras e no trato, a paciência, o domínio de si, a serenidade, a ponderação, a firmeza e a suavidade, a presença vigilante e discreta, o respeito, a imparcialidade, o estilo próprio de diálogo e encorajamento e tantas outras.
Na perspectiva da construção de uma ética das virtudes, cada educador de uma Escola Doroteia pode e deve mirar-se no testemunho maternal de Paula Frassinetti observado em suas cartas e nas Memórias:
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